E a queda nos preços do Diesel continua em abril. Depois de um movimento de alta em fevereiro por conta do 1º aumento da Petrobras em 1 ano, a estatal foi pressionada a reduzir os preços e acompanhar seus concorrentes (importadores e refinarias privadas).
E foram logo duas reduções anunciadas pela empresa, sendo a primeira em 01 de abril, -R$0,17, e a segunda no dia 18, -R$0,12, totalizando uma baixa de -R$0,29 por litro. Em resumo, considerando as altas e baixas de 2025, o preço praticado pela estatal cai -R$0,07.
Essas quedas, no entanto, podem não parar por aí. O chamado “tarifaço” aplicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contribuiu para uma forte baixa no dólar e no preço do barril de petróleo, que atingiram as mínimas de 2025 e impulsionaram para baixo o preço do diesel importado, que tem chegado aos portos brasileiros com valores cada vez menores.
Com o diesel importado chegando cada vez mais barato ao Brasil, as refinarias instaladas no país — incluindo a Petrobras, Acelen e Grupo Atem — são pressionadas a acompanhar essa queda para não perder mercado. Mesmo com certa estabilidade em suas regiões de atuação, muitas vezes marcadas por baixa concorrência, essas empresas precisam reagir à competitividade dos importadores, ajustando seus preços para seguir relevantes no jogo.
A título comparativo, o PPI (Preço de Paridade de Importação) divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), que traz os valores dos combustíveis que chegam nos portos brasileiros, demonstra uma redução de -R$0,70 no acumulado de 2025. Sim, você leu certo: uma queda acumulada de R$0,70 por litro.
Quando olhamos os preços por região do país, a queda se mostra mais presente no Nordeste, onde o produto importado tem mais penetração. O preço da região cai em média -R$0,10 a mais que o restante do país.
Mas a grande questão que pode ficar é… Se olharmos a movimentação da Petrobras em 2025 temos uma baixa de -R$0,07, enquanto o produto importado cai -R$0,70. Isso significa que a estatal poderia reduzir o preço em -R$0,63? Infelizmente, não. Essa disparidade acontece porque em 2024 a estatal segurou demais os preços, não fazendo nenhum reajuste, e muitas vezes trabalhando com preços mais baratos que os trazidos via mercado externo.
Mas a boa notícia é que, independentemente da análise que se faça, a tendência é de baixa (caso os patamares de preço do dólar e barril do petróleo se mantenham). Há margem para mais uma redução expressiva por parte da estatal, e é o que deve ser feito, já que essa nova redução ajudaria também o controle da inflação brasileira, tema tão caro para o atual governo.
Em suma, o recado final para transportadores e frotistas são dois:
- O preço que sua frota paga hoje, tem que ser menor que o do início 2025.
- A tendência é de baixa nos preços, então atenção às movimentações para conseguir captar esses descontos.
É hora de negociar os preços e ficar atento às movimentações do mercado. Maio deve ser mais um mês movimentado, como tem sido todo o ano de 2025, bem diferente da calmaria constante de um 2024 sem grandes reajustes.
Qualquer centavo conta – e 2025 tem mostrado que quem acompanha de perto o mercado, sai na frente.
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